Comunicação não-violenta: Como se comunicar com empatia
Ei, estudante! 😀
Sabemos que a comunicação nem sempre é uma tarefa fácil. Além da transmissão da mensagem, o processo de comunicação envolve um conjunto de habilidades de linguagem e comunicação que visa fortalecer a capacidade de continuarmos humanos mesmo em situações de estresse e conflito. Para isso, existem algumas técnicas e estratégias que podem ajudar que as interações ocorram com mais respeito, atenção e empatia, por meio da escuta ativa e profunda.
Também chamada comunicação empática, a comunicação não-violenta apresenta ferramentas úteis para superar os desafios que aparecem nas nossas relações que são causados pela forma que nos comunicamos, ou até mesmo pelo que deixamos de falar por medo do conflito.
Gostou do tema? Então venha conferir a publicação da ação de bem-estar promovida pela Seção de Promoção à Saúde Estudantil, da Coordenação de Qualidade de Vida/DACE/PROAF.
Comunicação não-violenta - Como se comunicar com empatia
O que é Comunicação não-violenta?
É uma prática que tem como objetivo gerar mais compreensão e colaboração nas relações pessoais, profissionais e até com nós mesmos.
Curiosidade
Sistematizada pelo psicólogo Marshall Rosenberg, a Comunicação Não-Violenta (CNV) foi inspirada nos trabalhos de resistência não-violenta de Gandhi e Martin Luther King.
Entendendo a CNV
Por meio da escuta ativa e profunda, o método faz com que as interações ocorram com mais respeito, atenção e empatia. Para isso, a CNV propõe 4 componentes para orientar a nossa comunicação:
- Observação,
- Sentimentos,
- Necessidades,
- Pedidos.
Observação
Consiste em separar o que de fato aconteceu em uma situação das avaliações que fazemos sobre ela.
Quando falamos de forma objetiva, ou seja, sobre o que observamos, vamos para a conversa compartilhando uma mesma realidade. Isso afeta a disponibilidade para outra pessoa continuar te escutando.
Compare os exemplos:
(1) Você é uma bagunceira
(2) Quando eu cheguei em casa, a louça estava na pia
Sentimentos
Consiste em entender qual sentimento a situação desperta depois da observação, expressar esses sentimentos e se permitir ser vulnerável.
Os sentimentos são palavras que descrevem a nossa experiência, como “eu me sinto inseguro”, “eu estou chateada” e “eu me sinto animada”.
Sentimentos
Ao perguntar “O que você está sentindo?”, ao invés de responder sobre os sentimentos, as pessoas respondam o que pensa sobre o assunto, como: "Eu sinto que isso vai dar errado” ou “Eu sinto que ele está me desrespeitando".
Ampliar o vocabulário de sentimentos faz com que seja mais fácil nos conectarmos às outras pessoas quando contamos da nossa experiência e também ajuda a estar atento à mensagem que o sentimento transmite.
Necessidade
Entender que por trás da cada escolha existe uma necessidade pessoal, fica mais fácil compreender a real motivação.
Por exemplo: Enquanto para uma pessoa o fato de viajar cedo pode representar cuidado com a previsibilidade, para outra, sair mais tarde pode representar mais segurança, por estar associada a maior período de descanso.
Ter consciência do que precisamos e de nossas necessidades, torna mais fácil encontrar alternativas para solucionar conflitos.
Pedidos
São a expressão de como gostaríamos de atender nossas necessidades. Quando fazemos pedidos, damos ao outro a oportunidade de colaborar com o que é importante para nós.
A ideia então é fazer pedidos claros e específicos para que as outras pessoas compreendam o que verdadeiramente nos importa e saibam como contribuir para a nossa vida.
O pedido é uma oportunidade da outra pessoa nos dizer "sim" ou "não". Se não temos abertura para escutar um "não" ao nosso pedido, então estamos fazendo uma exigência, e não um pedido.
Exercício simples para começar a praticar a CNV:
1 - O que de fato aconteceu? O que foi feito ou dito?
2- O que eu estou sentindo?
3- O que é importante para mim? Quais necessidades estão vivas aqui?
4- Qual o próximo passo? Eu tenho um pedido para outra pessoa ou para mim?
Convidamos você a praticar esse exercício. Essa prática pode transformar o resultado da sua próxima conversa.
Referência:
Instituto CNV Brasil. Comunicação Não-Violenta (CNV): O que é e como praticar. Disponível em: https://www.institutocnvb.com.br/single-post/comunica%C3%A7%C3%A3o-n%C3%A3o-violenta-cnv-o-que-%C3%A9-e-como-praticar?
Na prática.org. O que é Comunicação Não-Violenta (CNV) e como aplicar o conceito. 2021. disponível em: https://www.napratica.org.br/comunicacao-nao-violenta/
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